De passagem, de partida.
Você tinha razão
sobre dizer respeito a si mesma
em separado, isento do outro
O outro é espelho da própria visão turva,
personagem da ilusão que crio.
Eu compreendi, a lição, o todo
Mas doeu fundo, a flecha seta
Chorei feito criança
Quase quis parar de brincar de vida
Aí consegui achar graça, muita mesmo
Sem querer, abri a porta
O cômodo escuro se iluminou
Não, não era nada disso
Foi, em poucos momentos
A primeira idéia estava mais centrada
Para nós, é sempre a última camada
E nunca acaba...e que bom que é assim...
Minha jornada começa gora
Não tenho mais aquele medo
Agora eu sei, sinto através dos poros
Eterno retorno, devir, ponte, ser, É
Chame como quiser.
Inicia um outro conto de fé
Uma parte de estrada maior que a alma
Mas último trecho, enfim.
Agora inicia o indescritível, ser pleno.
Atenção consciente.
Nada mais a compreender.
Nada mais a ser dito.
Não faço mais voto de celibato
Mas faço silêncio.
Emudeço.
Ajeito por dentro
E parto
Eu quero embarcar nessa jornada, a mais livre do mundo
Mais leve que nunca, aventura de criança para o desconhecido
Se eu sumir no mundo, juro que eu não volto mais
Um dia, após outro, meio dia ou mais
Outro dia volto outra, prometo.
12.12.08
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3 comentários:
capaz de eu estar por perto pra dar um abraço
a vida recomeça a cada dia e é assim que não se envelhece nunca...
abraços de luz, menina nuvem!
*;
Vou com vc!
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