12.12.08

catarse, amiga

De passagem, de partida.

Você tinha razão
sobre dizer respeito a si mesma
em separado, isento do outro
O outro é espelho da própria visão turva,
personagem da ilusão que crio.

Eu compreendi, a lição, o todo
Mas doeu fundo, a flecha seta
Chorei feito criança
Quase quis parar de brincar de vida
Aí consegui achar graça, muita mesmo
Sem querer, abri a porta
O cômodo escuro se iluminou

Não, não era nada disso
Foi, em poucos momentos
A primeira idéia estava mais centrada
Para nós, é sempre a última camada
E nunca acaba...e que bom que é assim...

Minha jornada começa gora
Não tenho mais aquele medo
Agora eu sei, sinto através dos poros

Eterno retorno, devir, ponte, ser, É
Chame como quiser.
Inicia um outro conto de fé
Uma parte de estrada maior que a alma
Mas último trecho, enfim.
Agora inicia o indescritível, ser pleno.
Atenção consciente.
Nada mais a compreender.
Nada mais a ser dito.
Não faço mais voto de celibato
Mas faço silêncio.
Emudeço.
Ajeito por dentro
E parto

Eu quero embarcar nessa jornada, a mais livre do mundo
Mais leve que nunca, aventura de criança para o desconhecido
Se eu sumir no mundo, juro que eu não volto mais
Um dia, após outro, meio dia ou mais
Outro dia volto outra, prometo.

3 comentários:

Felipe disse...

capaz de eu estar por perto pra dar um abraço

bia de barros disse...

a vida recomeça a cada dia e é assim que não se envelhece nunca...

abraços de luz, menina nuvem!
*;

Paula Zilá disse...

Vou com vc!