25.6.09

eu sou



Eu sou.
E isto leva ao ser junto
Como um chamado de força e propósito
Ritual, rito e passagem

Vem até mim,
hipnotiza meus sentidos
Há um segredo na ponta dos dedos
E lhe quero falar
Do que vi esta noite nas estrelas
Sob o teto templo
Santuário corpo
e sempre velha
Roda arco-íris

Estava lá.
Estava luz.

Ao meu lado, guerreiro-xamã
Pai e mãe.
Pé e mão
Acolhendo seres
E tomando força
nos braços, homem
nas pernas, mulher

A manifestar a vida ao redor
não-manifesta mas conectada
A manifestar a vida que lhe foi dada

Entrega tua matéria metáfora
Entrega teu corpo todo
a ser tijolo nessa construção
Mas unifica, purifica, eleva
Terra, céu, água e fogo
Raízes e asas.

Amar é aprender
Sinto a primavera fértil do corpo
Tempo de semear
Energia criativa em resoluções

Vem a meu lado
Deixa-me soprar ao pé do ouvido
Com uma só pontinha
Daquele medo
frio na barriga
Ainda antes de ser medo

Respirando fundo
À beira d´ água
A face indizível
da união que gera
Como água voltando pra terra

A luz mais elevada
em prisma de cores brilhantes

Lhe quero encontrar
no caminho sem desvios
Cada qual, cada um
E por vezes um só

Algo a ser dito
por lábios de silêncio
Olhos herdeiros do amanhã
porque vem da nação das estrelas
Cores de futuro claro

Seres de luz.

As florestas acolhem
porque são água e verde fértil.
Fartura.
Onde a vida se recria.
Onde advirá brotar

Que cheguem os que ainda tem de chegar
Sem contar os tempos
de fim e recomeço.
cantando e girando

E vamos juntos infinito.

1.6.09

seja




O que eleva?
Vibração mais alta, sutil...

Como criança brincando sorrindo
levada, chamando atenção...

Se faz belo
aos meus olhos?

Se faz feio
pelas costas.

Nada importa.
Tenho outros olhos olhares...

Lhe vejo,
tens a minha atenção.
Pois então?

...



Quando e se são nutrientes
de nossas potencialidades
sob forma de ilusão.

Permanecer então atento
ao sentido de através.

Crença e fé somente como combustíveis.
Despretensão apenas movimenta-se
tendo traçado linhas, pontos, retas e rumos internos.

Pela não-funcionalidade
como caminho sem chegada
como arte que se cria e se inventa
só para existir
irradiar e prosseguir.

Nada quer e tudo tem.

Por assim ser
que assim seja.