5.10.08

visão outra




Como dilacerante fosse
adentrar ainda mais
visão de outras luas,
um espasmo do corpo
trazendo de volta alma

Um rosto como posto diante de uma porta

Semblante de mulher forte
trajando vermelho,
olhos profundos
traços orientais,
e ligeiro sorriso
no canto dos lábios

Além-imagem, sentidos outros
Como ocultos de longo tempo
As vozes e cores em som tambor espiral
Recorrente, reconhece e passa adiante
É, foi, será
Do vermelho ao violeta

E o despertar bruscamente
Dissipando essa imagem nuvem
Mais invisível que concreta

Espelho ou reflexo
É de saber que existe
Como fosse lar
Um outro invisível
que anseia e assiste
Espera.
E que o novo
nasce do encontro real.

Um comentário:

rubiane maia disse...

das profundezas do útero...

Tô mesmo o q?