28.9.08

avenida




Quando vê o que passa,
e que é passante todo visível,
aquieta o peito das coisas que se movem

Ao redor orbitam
corpos alheios e partes
vigas estrutras e bases

As partes vivas
e a morte como parte

Como ponte o ser,
através do qual as coisas passam

Pois somente pelos olhos
o que é ilusão permanece
e segue espelhando o nada...
Em silêncio.

4 comentários:

rubiane maia disse...

um bastar?
se umas 100 repetições somente forem possíveis já é bom... de resto é sempre mais... kkk!

Jô Rodrigues disse...

Muito bunitinho.

Paula Zilá disse...

Pois o peito só se aquieta qdo elas se movem...
e o ser ponte, ponte que liga e traz movimento, que vai e vem...
através do olhar aguçado e
intenso, revela o que pode,
por um segundo ou dois,
se oclutar em algum vão cambaleante:
traz em si o silêncio,
maior dom do concreto.

Alpa Zen disse...

Mistíca, exploradora de profundos mistérios, eis Amandinha!!!

beijos, esotérica