Sentamos em roda
e as nuvens escureceram.
A primeira parte: prossiga
Interrupção.
Conflito.
Espera um pouco, choveu.
Quero desaprender este lado meu que fala alto
Saber soprar verdade sem mudar o tom de voz...
Chora por mim, chuva
que é hora de ser forte,
não paro de morrer.
Dessa vez tento medir melhor as datas
Nada sei do que virá,
você pode conviver com isso?
É o fim.
Como no fim daqueles cem anos de solidão:
Cupins comeram meu armário.
No caso eram formigas,
só que formigas não comem armários,
só mordem os pés da gente.
Vorazes, penso que manifestam
tornar visível o tempo que finaliza.
Nada permanece inalterado até que enfim!
Mesmo com a televisão calada
e os móveis espalhados pelo chão.
De onde surgiram estes vinis antigos?
De acúmulos, esquecimentos e frivolidades.
Joga tudo fora, eu voto
Fora é modo de dizer, passa adiante.
E os apegos?
Mais fácil tratar dos que são visíveis
A coleção de Budas?
Paz? Silêncio?
Guarda a esperança nessa pequena caixa, por favor,
escreve FRÁGIL em cima e lacra com fita parda.
Pandora às avessas.
19.2.09
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Engraçado...
as coisas que levei, qdo decisão tive que tomar, estão voltando hoje...
caixas e mais caixas de acúmulos ora frívolos, ora pertinentes.
foi difícil voltar, mas seria ainda pior ter permanecido.
o ciclo sem fim e a roda da vida- a gente entende um pouco, mas não o suficiente.
a minah esperança tb anda lacrada com muitas etiquetas que lhe designam a inequívoca fragilidade e uma fita vermelha - pra tazer sorte!
boa sorte na escolha não-escolha!
tudo é impermanente!
Postar um comentário