20.1.09

Aconteceu desses momentos desavisados
que agente percebe tão fundo tão parte...
Existência observando estrelas
Eu bem reparei

E senti de te encontrar
pela janela da vida afora
situação adversa chuveiro
numa trilha de mato verde
em transe trânsito
vagando sorrindo
quem sabe na chuva essa vez?

Qualquer coisa nova
Qualquer coisa assim

O compartilhar
Encontros e passagens

Não fui sempre assim
Tem coisas que não sei dizer
Meus lábios secaram de simples
Você me lê?

Não fui sempre assim
Dia desses lembrei um sorriso meu
refletido em olhar alheio.
Brilhando cheio de vida.

Não fui sempre assim
Vou lá no fundo buscar de volta
Num fôlego, você me espera?
No salto, você me encontra?

Não fui sempre assim
Não sei bem de quem pra quem
E não saber me faz respirar mais fundo

Respirar mais fundo
me apaga os receios

Não fui sempre assim
Estou gerúndio.
Sendo.

Vou indo voar um pouco
Reunir em torno do futuro
abraçar meus semelhantes
comungar antepassados
Vislumbrar filhos da terra porvir
que alguma coisa me chama
e me aparece nos sonhos
sopra arrepio sutil...

Tudo mais é vago
que é de ceder espaço ao novo.

Me aponta os olhos vida, eu sigo.

Iminência.

2 comentários:

bia de barros disse...

E quando te encontrares
Lá no fundo de ti mesma
Perceba que é na seca
Que encontras mil oásis

É preciso ter coragem para pedir um tempo ao tempo e ir cuidar das próprias feridas.

*;
voltes logo. x]

Priscila Milanez disse...

Nós nunca somos "sempre assim"...Vida é movimento e é ele que nos configura continuamente pra não sermos sempre os mesmos que fomos...
É de se respirar fundo que se vive...