Do que sonhei recente
Nada vinha de encontro
Nem encanto, nem faz-de-conta
Nem água, nem lua
No meu conto
Fugia eu,
na crina de um cavalo branco.
Cabelos flutuando indomados
Sem sela, eu cavalgava
Nossos corpos comungavam
em perfeita sintonia
A favor do vento
No compasso embalo do tempo
Eu e o cavalo éramos um.
E tudo o mais ao redor
Tudo parte
Todo
E embora exista o vazio
Nem era a falta que a busca movia
Era excesso, transbordamento
Queria despir-me de alma
esvaziar-me, encher-me,
esvaziar-me, encher-me...
Ofegante.
Deixar tudo no encalço da brisa quente soprando norte
Como espalhando sementes no caminho percorrido
Sem ocupar-se de que venham a brotar
Como se o simples movimento tórrido e apaixonado
Pudesse mover todo o entorno
na mesma direção, em ondas expansivas
Propagando brilhos no tempo
Até as próximas sete gerações.
22.11.08
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Um comentário:
Como espalhando sementes no caminho percorrido
Sem ocupar-se de que venham a brotar
.........
isso expressa muito ,
de mim e de ti tambem(penso eu)
,
fico orgulhoso ao te ver escrevendo tão bem, nao pare nunca......
lindo post, lindo post.....
beijao
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