
Eu sou.
E isto leva ao ser junto
Como um chamado de força e propósito
Ritual, rito e passagem
Vem até mim,
hipnotiza meus sentidos
Há um segredo na ponta dos dedos
E lhe quero falar
Do que vi esta noite nas estrelas
Sob o teto templo
Santuário corpo
e sempre velha
Roda arco-íris
Estava lá.
Estava luz.
Ao meu lado, guerreiro-xamã
Pai e mãe.
Pé e mão
Acolhendo seres
E tomando força
nos braços, homem
nas pernas, mulher
A manifestar a vida ao redor
não-manifesta mas conectada
A manifestar a vida que lhe foi dada
Entrega tua matéria metáfora
Entrega teu corpo todo
a ser tijolo nessa construção
Mas unifica, purifica, eleva
Terra, céu, água e fogo
Raízes e asas.
Amar é aprender
Sinto a primavera fértil do corpo
Tempo de semear
Energia criativa em resoluções
Vem a meu lado
Deixa-me soprar ao pé do ouvido
Com uma só pontinha
Daquele medo
frio na barriga
Ainda antes de ser medo
Respirando fundo
À beira d´ água
A face indizível
da união que gera
Como água voltando pra terra
A luz mais elevada
em prisma de cores brilhantes
Lhe quero encontrar
no caminho sem desvios
Cada qual, cada um
E por vezes um só
Algo a ser dito
por lábios de silêncio
Olhos herdeiros do amanhã
porque vem da nação das estrelas
Cores de futuro claro
Seres de luz.
As florestas acolhem
porque são água e verde fértil.
Fartura.
Onde a vida se recria.
Onde advirá brotar
Que cheguem os que ainda tem de chegar
Sem contar os tempos
de fim e recomeço.
cantando e girando
E vamos juntos infinito.